Crise do SUS ameaça hospitais de Caxias do Sul

                Por falta de leitos, pacientes são tratados em cadeiras e macas.

     A cada 24 horas, pelo menos 60 pessoas buscam internação nos dois maiores hospitais da Serra que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Mas somente a metade consegue uma colocação.

     Isso não significa, porém, que o paciente selecionado terá uma cama à disposição. Na verdade, o atendimento ocorre em cadeiras e macas improvisadas em meio à agitação do pronto-socorro e das salas de recuperação.

    A pedido de profissionais e de gestores da saúde, o Pioneiro percorreu as alas do SUS do Hospital Pompéia e constatou que o sistema beira ao colapso. A situação se agravou nos últimos 15 dias.

    Tanto o Pompéia como o Hospital Geral (HG) admitem o improviso como forma de driblar a superlotação e os poucos investimentos do governo federal. Atualmente, a cidade conta com 60 leitos de UTI e 444 de internação pelo SUS. Para superar a crise, seria preciso abrir imediatamente 39 leitos de UTI adulto e pediátrico, além de 150 leitos de internação.

    Para isso, há projetos de expansão do Pompéia e do HG que dependem de verbas públicas. Isso quer dizer que a crise continuará por pelo menos mais um ano. A principal dificuldade é remover para os quartos os pacientes que se amontoam nas emergências.

    Diante desse grave problema, o Postão 24 Horas, por exemplo, tornou-se uma espécie de hospital temporário. Doentes permanecem de dois a três dias no setor de emergência, esperando por um leito hospitalar.

    Quem não tem cama, fica em poltronas. Por conta da falta de vagas em UTIs, cirurgias de casos menos graves estão sendo remarcadas três ou quatro vezes.

Pioneiro percorreu as alas do SUS do hospital pompéia e constatou que o sistema esta a beira do colapso.


 Jornal o Pioneiro Caxias do sul 28/08/10.




Fernanda Flores Staud- Educação Física.