domingo, 14 de novembro de 2010

Acessibilidade à vida!!


Colegas, professor....

Chegada a hora de final de semestre, trabalhos, provas. Natal está aí!
Muitos dos meus colegas da PSI deste semestre, nos encontraremos em outras disciplinas, no ano seguinte, mas para aqueles que não mais os verei, fica o meu abraço!!

Aproveito o espaço para descrever um pouco de uma palestra que assisti na semana passada, na UCS, sobre a III Semana de Libras, onde no semestre que vem a disciplina (libras - língua brasileira dos sinais) foi inserida na nossa grade curricular.

Tinha conhecimento de que a palestrante era surda e que haveria intérprete. Além disso, haveria a participação dos alunos da associação Helen Keller (escola dos surdos - Caxias do Sul), e de demais surdos e ouvintes, assim como eu. Mas não tinha idéia de como seria, pois nunca fui em uma palestra que fosse ministrada por uma pessoa surda. Uma de minhas APS´s do semestre foi observar um grupo de surdos, já tinha um pouco de "convívio", mas me emocionei ao ver quatro alunos surdos, interpretarem o hino-riograndese. Tinha vontade de aplaudí-los ao final, mas não pude, pois eles não escutariam. Então fiz gestos com as mãos para cima, como os demais, para substituir o barulho das minhas palmas.

Quanto ao trabalho da palestrante, Shirley Vilhava, de Mato Grosso do Sul, atua diretamente com surdos indígenas, na busca por sua acessibilidade a linguagem dos sinais, uma vez que nas aldeias indígenas, o surdo é deixado de lado pela sua tribo. Já diz a história que o indío que nascia surdo era presa fácil para os animais selvagens, pois não escutava a chegada do animal. Então seu povo o queimava, pois o fogo significava que este seria levado a Deus. Atualmente a palestrante nos menciona, que o indío surdo é cuidado por seu irmão mais velho, pois pai e mãe índios, não tem tempo e nem sabem como se comunicar. Deixam o cuidado deste para o irmão, pois necessitam cuidar dos afazeres da aldeia.

Ainda sobre a palestrante, esta vem divulgar o trabalho que desempenha nas aldeias indígenas, as diferenças de linguagem, e as dificuldades que enfrenta para poder levar conhecimento à uma cultura tão diferente da nossa. O surdo indígena, está muito longe dos surdos que puderam ter acesso à escola, à profissão e a sociedade.

Ao final da palestra, fui ao encontro de um dos surdos, para adquirir uma camiseta da Semana de Libras, e não consegui me comunicar com ele, me senti incapaz, e percebi que tenho muito que aprender nesta vida.

A palestrante, Shirley Vilhava, é mestre em linguística; diretora administrativa da Feneis, técnica pedagógica; coordenadora do SAE do curso de Letras Libras - UFSC e conselheira do Conade.

http://www.youtube.com/watch?v=Gus1iTA_Eac




Luana Busnello - Estudante de Psicologia/2010.

Um comentário:

  1. Falando um pouco sobre Libras, é uma linguagem que deveria ser obrigatória para os cursos que atuam na área da saúde, muitas vezes acabamos esquecendo que grande parte da população possui esse tipo de deficiência.

    É uma idéia para todos nós futuros psicologos, estudar a linguagem Libras, para conseguirmos nos comunicar com essas pessoas, acredito que muitas delas devem se sentir muito bem sabendo que estamos estudando esta liguagem por elas, para nos comunicar, e vai ser muito gratificante para nós também!

    Jessica de Souza Dias - Curso de Psicologia

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