quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A Mente e o Físico Unidos pela Qualidade de Vida

A rotina das pessoas ativas é muito agitada e requer certa resistência mental e física, como vivemos em um mundo capitalista o trabalho está em primeiro lugar. Maior parte do dia o ser humano está em função do seu trabalho, e quando uma atividade ocupa grande porcentagem do dia infelizmente o restante fica de escanteio. Para uma vida saudável devemos equilibrar nossos afazeres, dando o devido espaço para cuidar do nosso corpo e conseqüentemente a mente.
Já é difícil exercitarmos quando adultos pela falta de tempo, cansaço e stress do dia-a-dia, quando envelhecemos nosso corpo tem menor resistência e particularmente menos vontade. Então se explica a grande taxa de sedentarismo na velhice, um estudo feito em Campinas (SP) aponta “de 426 indivíduos entrevistados com mais de 60 anos de idade, 296 (70,9%) não praticavam nenhum exercício físico”. A falta de exercício físico na terceira idade além de causar enfraquecimento nos músculos e ossos, pode causar depressão e ansiedade.
A prova viva dessa afirmação é Justina Almeida dos Santos, uma senhora de 73 anos que mora em um asilo. Justina não pratica nenhum tipo de exercício, reclama constantemente de dores no corpo e tem indícios de depressão. Com caminhadas diárias e alongamentos Justina poderia melhorar sua qualidade de vida, porém não dá ouvidos às orientações dos profissionais.
Para uma elevada qualidade de vida o mental e o físico devem andar de mãos dadas. A depressão de Justina poderia ser tratada através da logoterapia, é a terapia que ajuda o paciente encontrar o sentido da vida, que ao longo do tempo foi perdendo até o ponto de não conseguir mais enxergá-lo. O propósito da terapia não é subtrair todo medo e angústia da pessoa, mas sim aliviar essas inquietudes e ajudar com que consigam lidar melhor com as pressões da vida.
A depressão na velhice pode ser gerada por causa do vago espaço de tempo, pela dificuldade de elaborar novos projetos de vida, ou também pela morte de amigos. Segundo a psicóloga Márcia Brandão “esse tipo de situação leva as pessoas a constatarem que a sua morte pode estar próxima. Diante disso, algumas delas começam a aproveitar melhor o tempo que lhes resta, outras se deixam abater e não conseguem formatar novas perspectivas de vida”. É necessário um acompanhamento profissional para que o resultado seja alcançado como o desejado.
Os idosos têm dificuldade de exercitar tanto o físico como a mente, precisam de ajuda de amigos, parentes e profissionais. São pessoas de grande sabedoria pela experiência de vida que carregam, uma conversa pode gerar grandes conhecimentos. O mau-humor que afasta as pessoas é geralmente apenas um disfarce para a carência e solidão, o amor e o carinho também é uma forma de terapia que não pode estar de fora.

            Giovana Teixeira Basso - Psicologia.

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