Sistema Único de... que?

É inegável o avanço que foi e é a criação do SUS(Sistema Único de Saúde) para a inovação da saúde no Brasil. Todavia, esse avanço se tornou uma simples propaganda pois, ainda que haja ajuda e aplicações para diversas pessoas de diversos níveis sociais, não há como alguém esperar 1 ano para um transplante e passar de 10 a 15 dias em uma fila para conseguir qualquer tipo de consulta. Para países desenvolvidos, isso é um absurdo; para o Brasil isso é comum.
Mesmo que ainda existam grandes problemas no bolso dos brasileiros, o Governo ainda quer trazer de volta um imposto abusivo que é a CPMF(Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira), que cobra 0,38% sobre qualquer movimentação financeira como contas de bancos, por exemplo. A justificativa é que o tributo voltará com o mesmo propósito da sua implantação interior, o dinheiro vai para ajudar a SAÚDE. Mas que saúde é essa que ele ajudou? A do Brasil é que não foi, pois mesmo com a extinção desse tributo a saúde melhorou, ainda que seja pouco.

Para que servem, então os impostos que são cobrados como desculpas para uma melhora e uma ajuda para a sociedade brasileira? Essa íncógnita é respondida através de fatos como a latente corrupção e casos como o do "Mensalão".
Nada mais do que justo, um país cobrar imposto para promover e melhorar a saúde de seus cidadãos, mas o Brasil promove um slogan interessante "Pague a compra e não receba o produto", e, cadê o SUS quando as pessoas precisam? Quantos morrem nas filas paras as cirurgias? Quantos morrem esperando transplantes? É uma pouca vergonha. Talvez fosse mais lógico mudar o nome de SUS para outra coisa, pois de todas as coisas, a que ele menos promove é a saúde. Não que ele seja totalmente falho ou que não funcione, mas a partir do momento que um Governo propõe algo aos seus cidadãos ele tem que funcionar com no mínimo a metade da sua proposta. Mas de mil pessoas, uma faz seu transplante, faz sua operação. Quem sabe em um futuro próximo possa estar melhor, mesmo que a probabilidade seja pequena. Basta lutar e, como se trata de Brasil, tentar eleger o candidato "menos pior" para que ocorra uma mudança.

Jorge Kamal, acadêmico de Psicologia