Por definição, dentro de um parâmetro psicológico, a pessoa agressiva é aquela que reage a todo acontecimento, como se fosse uma prova, contenda ou disputa na sua leitura mental. A competição passa a reinar na alma da pessoa; e se fizermos um levantamento da história do indivíduo, descobriremos que desde cedo o mesmo se esforçou em demasia para não vivenciar a experiência da exclusão. A crítica é sempre devastadora para estas pessoas. Esta definição contempla os aspectos negativos do fenômeno. É curioso notar como a agressividade é um divisor de formas de conduta ou personalidade, pois o oposto é uma pessoa que vive em lamúria ou autocomiseração. Já os agressivos têm uma precipitação de reações ou sentimentos. Mais curioso ainda é como a sociedade amplia o conceito de agressividade, considerando que a própria sinceridade e autenticidade são resultados da mesma.
Com toda a certeza a hipocrisia é a manutenção da agressividade ao extremo, cortando todas as formas possíveis de reação. É um instrumento político de manutenção da força e desigualdade, para se evitar qualquer transformação nas relações. Poucos refletem sobre o fato de que uma explosão de raiva pode ser tão agressiva quanto uma omissão num momento fundamental de ajuda ou participação perante outra pessoa. Já sabemos que a dissimulação faz parte de nossa era, mas esta também é uma “filha” legítima da agressividade, sendo uma espécie de permissão para vivenciar a mesma de forma velada como foi exposto. O dilema histórico da humanidade é quando conter ou não a agressividade. Sua repressão abala inclusive a saúde física da pessoa
Alister Bertin, Psicologia
Boa abordagem, Alister.
ResponderExcluirJorge Kamal